sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Gaiolas e Asas

http://cmemilio.blogspot.com.br/2011/12/gaiolas-e-asas.html

"Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.


Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado".

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

As cem linguagens da criança


As cem linguagens da Criança
(Loris Malaguzzi)

A criança é feita de cem.
A criança tem cem linguagens
cem mãos
cem pensamentos
cem modos de pensar, 
de jogar, de falar.

Cem, sempre cem
Cem modos de escutar as maravilhas de amar.
Cem alegrias para cantar e compreender
Cem mundos para descobrir, 
cem mundos para inventar,
cem mundos para sonhar.
E depois, cem, cem, cem.
Mas roubaram-lhe noventa e nove.

A escola e a cultura lhe separam a cabeça do corpo.
Dizem-lhe:
de pensar sem as mãos
de fazer sem cabeça,
para escutar e de não falar
de compreender sem alegrias,
de amar e de maravilhar-se
só na Páscoa e no Natal

Dizem-lhe: de descobrir o mundo que já existe.
E de cem, roubam-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe: que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia
a ciência e a imaginação, o céu e a terra,
a razão e o sonho
são coisas que não estão juntas
Dizem-lhe: que as cem não existem.
A criança diz: ao contrário, as cem existem.

Conheci a página do Facebook "Para Além do Cuidar" e, consequentemente, o Blog deles, onde encontrei o lindo poema "As cem linguagens da criança" de Loris Malaguzzi, que coloquei no início do post e o vídeo sobre a abordagem de Reggio Emilia.

Conheço bem pouco sobre (quase nada pra falar a verdade), mas só de ler o poema e assistir ao vídeo, já fui capaz de sentir um certo desconforto e refletir sobre minha prática e ficar com muita vontade de trabalhar num  desses.

A seguir, partilho o vídeo com vocês, espero que gostem:



E então, acreditamos nas cem linguagens das crianças ou deixamos elas explorarem apenas uma destas cem?

Abraços! 
Carol Hepe.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Arteirando com materiais reutilizáveis!

Trabalhando um meio de transporte e a diversidade
Como já dito em outro post eu e a Carol trabalhamos na mesma escola, ela com uma turma de Maternal I (crianças de 2 para 3 anos) e eu com uma turma de Jardim II (crianças de 4 para 5 anos).

Envolvendo o projeto "Toda criança faz arte" nos conteúdos da educação infantil estamos sempre trocando ideias criativas e que sejam de fácil acesso.

Um dos conteúdos abordados no primeiro semestre do ano de 2013 foi o do trânsito, envolvendo ética, cidadania, regras e meios de transporte. Aproveitando as diversas possibilidades que a temática aborda incluí o tema diversidade racial.

O projeto iniciou-se com roda de conversa, trazendo para sala as experiências e conhecimentos já existentes nas crianças, sendo que, no diálogo iam surgindo várias questões trabalhadas no dia a dia em conversas e práticas.

As crianças trouxeram bicicletas e velotrois em um dia determinado e na quadra trabalhamos os temas que integram este conteúdo. A experiência tornou-se tão rica que repetimos esta atividade uma vez por mês em nossa escola.

Para concretizar o aprendizado e terminar a experiência com arte confeccionamos um ônibus: meio de transporte escolhido pelas crianças. Utilizamos papelão, pratos descartáveis, tinta guache, cola colorida, canetinhas, lã, esponja de aço, fita de cetim, papéis e glitter. E o resultado foi este da foto acima! Muito colorido e com cara de criança!

Até o próximo post! Beijinhos!
Juliana Boza

terça-feira, 25 de junho de 2013

"Toda criança faz arte"


Não sei se já contei pra vocês, mas eu a Ju Boza somos pedagogas e fazemos parte da mesma equipe de educadoras em uma escola de educação infantil aqui em Piracicaba/SP, nossa atual cidade. Uma diferença entre eu e ela é que estamos nos dois extremos da educação infantil. 

Eu trabalho com os menores da escola, os pititicos de 2 a 3 anos de idade. São arteiros (o que adoro, confesso), espertos, agitados, curiosos e gostam de experimentar (em todos os sentidos, colocar coisas na boca, pegar, sentir, cheirar...). Já a Ju trabalha com o outro extremo, os maiores da escola, que têm entre 5 e 6 anos. São curiosos, têm mais tempo de concentração, conseguem criar coisas mais elaboradas, se expressam oralmente com maior facilidade (os ouvidos da Jú que os digam), elaboram pensamentos e conceitos sobre algo.

O que une eu e a Ju não são as idades das crianças, mas sim nossa criatividade, vontade de fazer o novo, investigação por novas técnicas, que tudo que trabalhamos tenha sentido para eles e, claro, sejam trabalhos elaborados por eles, com nosso apoio e acabamento (esqueci de dizer que somos beem modestas também). 

Outro elemento que nos une é o Projeto de nossa escola, nomeado "Toda criança faz arte", bastante sugestivo na educação infantil, não? E vocês acham que dá pra não se identificar com um tema desse?

A ideia do primeiro semestre foi trabalharmos inspirados nas obras de artistas que moram em Piracicaba e, a partir daí, desenvolvermos nossas próprias obras, utilizando técnicas diferentes, com materiais diferentes. 

Pensei que teríamos que compartilhar tudo isso e mais um pouco com vocês! Então, aguardem! Pois nos próximos posts, vamos conversar um pouco mais sobre cada obra, artista e nossas técnicas utilizadas. 

Na imagem a cima, apresento alguns dos trabalhos realizados pelos meus pequenos de 2 a 3 anos com meu auxílio. :)

Beijocas!
Carol Hepe.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Arte livre. Ao ar livre.

Nada melhor do que fazer arte livremente... e ao ar livre então, nem se fale! Nossa arte desta vez esteve no viés da literatura e oralidade...

Nesta brincadeira, os pequenos tiveram a oportunidade de desenvolverem ainda mais a oralidade, a socialização, a partilha, o contato com a natureza, a atenção e a criatividade.

Pegamos a colcha de retalhos, colocamos em baixo de nossa linda árvore, (que por sinal está toda enfeitada de balões e foi a sensação da atividade), levamos nossos livros para manusearmos,"lermos" e ouvirmos histórias, relaxar, olhar o céu... 

Viram que não precisamos de muito? 

O quê? Não tem uma colcha de retalhos? 
Pois bem, a colcha poderia ser substituída por um lençol. ;)

Não tem livros?
Use a criatividade, com bexiga, pedaços de tecidos, palitos de sorvete, prendedor de roupa, ou seja, com qualquer objeto é possível criar  histórias, das quais os pequenos podem recontá-las ou até mesmo criarem as suas próprias aventuras.

Divirta-se com eles, crie, invente, estimule, se inspire!

Beijocas
Carol Hepe.


domingo, 19 de maio de 2013

Pintura com gelo. Com gelo?



Deve ter estranhado logo de cara essa história de pintura com gelo não é mesmo?

Uma ideia simples que desenvolve sensações, criatividade, experimentações, os sentidos e ainda pode ser um meio de ensinar as cores aos pequenos.

Basta colocar uma pequena quantidade de corante comestível em um tanto de água e despejá-la em forminhas de gelos. Eu comprei essa que faz gelo pra garrafa, ficam uns bastões de gelo com cores vibrantes e chamativas.

O melhor de tudo é que os corantes são alimentícios e não há problema se os pequenos quiserem conhecer o objeto através do paladar.

O interessante é que esta técnica pode ser usada desde o Berçário ao Ensino Fundamental. Com os pequenos, a textura, a cor e a temperatura chamam a atenção deles. Com os maiores, pode-se trabalhar os estados da água, desenvolver experiências, registrá-las e ter uma linda pintura como resultado. Garanto que eles vão adorar!

Essa pintura foi super aprovada pelas crianças da minha turma. O gelo escorregava das mãos deles e caia sobre o papel deixando manchas coloridas nos tons de vermelho, laranja e amarelo. Eles diziam "Ai, tá geladinho!". 

Também não nos prendemos apenas à escola, os pais, os avós e os tios podem fazer esta experimentação em casa. Seria uma gostosa brincadeira entre as crianças pequenas e nem tão pequenas assim.

Divirtam-se! Criem! Ousem!

Beijos.
Carol Hepe.


sábado, 4 de maio de 2013

Sem sujeira, com beleza e criatividade.

Fonte da imagem

Lá vai mais ideias de arteirices com tinta...

Essa dá certinho com os piquirruchos do berçário I e II. Mas, claro, dá pra fazer com qualquer idade! Até com você criança nada pequena! É também uma *ótema* ideia de presente do dia das mães ;)

Com o quê?
Neste link vocês podem ver que é muito fácil de colocar em prática essa técnica pra lá de interessante e simples. Basicamente, precisa-se de um pedaço de papel (cartolina? Acho que sim); tinta; plástico e fita (se for colorida, melhor ainda). 

Como faz?
Deixe as crianças mesmas colocarem a tinta no papel;
Cole as bordas do plástico no papel com a fita bonita pra tinta não ir pra fora; 
E bora colocar os pititicos para se divertirem!

Bebendo em outras fontes...
Ah! Lembra do livro de arte para crianças que contei pra vocês aqui? Então, lá também tem uma dica de pintura nesta mesma técnica. Só que lá, ao invés de se colocar a tinta no papel e cobrir com o plástico, a tinta é colocada dentro do saco plástico com fecho hermético (aqueles que vem com um tipo de "zíper" pra proteger os alimentos) e, só então, prendemos o saco no papel. 

Eu particularmente prefiro a técnica que contei ali em cima, já que esses saquinhos de zíper devem ser mais caros. Barateza sempre! ;)

Mas lá tem também algumas variações interessantes da técnica, vejam só:

"Variações: 
  • Encha o saco com outros ingredientes coloridos, tais como gel azul de cabelo ou amido de milho tingido com corante de comida.
  • Coloque uma folha de papel alumínio dentro do saco de tinta e sobre ela. Feche o saco e desenhe sobre a superfície, como anteriormente. Será possível ver a folha de alumínio" (p. 37. Kohl MaryAnn F. "Iniciação à arte para crianças pequenas". Porto Alegre: Artmed, 2005)
Sem sujeira, com beleza e criatividade.
Depois me contem as experiências!

Beijocas! Carol Hepe